Verrugas no ânus: causas, sintomas, tratamento e prevenção
As verrugas no ânus são um tipo de verruga genital. São pequenas lesões na pele da região anal, tanto ao redor quanto dentro do orifício (1). Também são chamadas de condiloma acuminado. Aparecem como protuberâncias da cor da pele ou cinzas (2).
A causa mais comum de verrugas no ânus é o papilomavírus humano ou HPV. A via mais comum de transmissão é, portanto, o contato sexual com uma pessoa infectada, mesmo que não haja sinais óbvios da doença (2,3,4).
Quais são os sintomas associados às verrugas no ânus?
Os condilomas anais são visíveis a olho nu. Eles são pequenas elevações na pele com um tom semelhante à pele ou ligeiramente mais escuro (1). Eles também podem ser acompanhados pelos seguintes sintomas (5):
- Coceira.
- Ardência.
- Dor.
As lesões também podem sangrar devido à fricção e ao atrito. Embora isso seja raro nas atividades cotidianas, pode ocorrer durante as relações sexuais (2,5).
Como na maioria das vezes são assintomáticos, podem ser diagnosticados em uma consulta médica por outro motivo. Por exemplo, no contexto de um exame ginecológico para secura vaginal, vaginite ou apenas em um check-up de rotina, elas podem ser encontradas pelo profissional (2). É por isso que é importante procurar atendimento médico se você suspeitar de infecção por HPV. Não é aconselhável se automedicar ou tentar remédios caseiros para verrugas (3).
Como tratar as verrugas no ânus?
Não existe uma única opção de tratamento para o condiloma acuminado. O médico avaliará o tamanho das lesões e sua extensão para decidir qual abordagem utilizar (2). Ele também pode sugerir uma combinação de métodos terapêuticos. Isso é útil porque nenhum dos tratamentos disponíveis é totalmente eficaz em longo prazo. Na maioria dos casos, as verrugas reaparecem (6).
Tratamentos tópicos
Quando os condilomas são muito pequenos e estão confinados à pele ao redor do ânus, um tratamento local pode ser suficiente. Entretanto, isso não significa que qualquer creme seja a solução. São necessários ingredientes ativos prescritos por um médico (3).
Entre os medicamentos mais comumente usados para esse fim estão os ácidos tricloroacético, o imiquimod e as sinecatequinas. Entretanto, eles não têm ação rápida e exigem várias semanas de uso constante e regular (5).
Cirurgia
Se as verrugas no ânus forem grandes, não responderem a tratamentos tópicos ou estiverem localizadas dentro do orifício, pode ser necessária uma cirurgia. Isso não requer grandes intervenções. Na verdade, é possível realizar a operação em regime ambulatorial, sem hospitalização (7). O procedimento consiste na remoção dos condilomas. Para isso, o médico corta as lesões com um bisturi ou tesoura (5).
Outros tratamentos
Algumas situações são intermediárias. Por exemplo, uma pessoa pode ter verrugas grandes para tratamento tópico, mas pequenas para cirurgia. Nesse caso, um dos seguintes procedimentos seria escolhido:
- Laser com luz infravermelha focalizada (5).
- Crioterapia com nitrogênio líquido (3).
- Eletrocauterização com corrente elétrica (5).
Geralmente, nenhuma dessas três terapias é concluída em uma única sessão. São necessárias aplicações sucessivas, especialmente se houver muitas lesões (3,5).
As verrugas no ânus podem ser evitadas?
Para reduzir o risco de condilomas anais, a infecção pelo HPV deve ser evitada. Como a transmissão sexual é a mais comum, as recomendações básicas são o uso de preservativos (camisinha) e a limitação do número de parceiros sexuais (5).
Além disso, existe a vacina contra o HPV, que é uma imunização que protege contra diferentes tipos do vírus, incluindo o 6 e o 11. Ela deve ser administrada a jovens de 12 e 13 anos e a pessoas com alto risco de infecção (8,9).
A educação sexual é outro pilar na prevenção do condiloma acuminado. Saber o que é o HPV, como ele é transmitido e como não transmiti-lo, ajuda a limitar sua disseminação. E se você souber que está infectado, é essencial contar ao seu parceiro sexual (4).
Em conclusão, o problema das verrugas no ânus é que elas se desenvolvem silenciosamente. Elas não apresentam sinais óbvios, não alteram o orgasmo feminino e não progridem rapidamente. Além disso, sem tratamento oportuno, elas se espalham. Portanto, subestimá-las não é uma opção.
Referências Bibliográficas
1. Primary Care Dermatology Society. Warts
2. Pennycook KB, McCready TA. Condyloma Acuminata. StatPearls Publishing; 2023 2023
3. National Health System. Genital warts
4. Centers for Disease Control and Prevention. Genital HPV Infection – Basic Fact Sheet
5. Diţescu D, Istrate-Ofiţeru AM, Roşu GC, Iovan L, Liliac IM, et al. Clinical and pathological aspects of condyloma acuminatum – review of literature and case presentation. Rom J Morphol Embryol
6. Zhan M, Tong Z, Chen S, Miao Y, Yang Y. Establishing a prediction model for recurrence of condyloma acuminatum. Eur J Med Res
7. Al-Ghamdi AM, Alfalah S, Anwer K, Alzaher I, Alsuhaimi AA, Aldhafeeri SM. Giant condyloma acuminatum surgical management: a case report and literature review. Ann Med Surg (Lond)
8. National Health System. HPV vaccine
9. Electronic Medicines Compendium. Gardasil 9 suspension for injection. Merck Sharp & Dohme (UK) Limited .2023
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