Atrofia vaginal: o que é e como pode ser tratada
Você está na menopausa ou já teve e sente ardor na vagina ou dor durante as relações sexuais? Em algum desses casos, você pode estar experimentando a atrofia vaginal, um problema muito comum para as mulheres nesta fase. Junte-se a nós e saiba mais sobre esta condição.
O que é atrofia vaginal?
É uma condição que envolve um revestimento mais fino, inchaço e secura das paredes vaginais (Mayo Clinic, 2021). Estima-se que pelo menos 50% das mulheres após 7 a 10 anos da menopausa têm vaginite atrófica. E à medida que envelhecem, até 75% podem ter esta condição (Naumova & Castelo, 2021).
Como e o que causa a atrofia vaginal?
A diminuição na produção de estrogênio durante a menopausa é a principal causa de atrofia vaginal. O estrogênio ajuda a manter a flexibilidade e a força dos tecidos vaginais. Quando os níveis de estrogênio caem abaixo do normal, as paredes vaginais se tornam bem mais finas, levando ao início da atrofia (Flores & Pasillo, 2021).
Fatores de risco
Há algumas condições que podem aumentar o risco de sofrer deste problema como as seguintes (Mayo Clinic, 2021):
Não ter tido um parto vaginal
Parece contraditório; entretanto, de acordo com algumas pesquisas realizadas por especialistas, as mulheres que nunca deram à luz por parto vaginal desenvolvem vaginite atrófica com maior frequência.
Falta de atividade sexual
Durante o ato sexual há um aumento do suprimento de sangue para a área genital, o que ajuda as paredes vaginais. Como resultado, a elasticidade da vagina permanece em bom estado ao longo do tempo.
Tabagismo
O consumo de nicotina afeta a circulação sanguínea. Por causa disso, os níveis de oxigênio e sangue que fluem para a vagina podem ser reduzidos, o que também pode levar a uma vaginite atrófica.
Sinais e sintomas da atrofia vaginal
Esses são alguns dos sintomas que servem como alerta no momento de identificar a atrofia vaginal (Calhoun, 2019):
- Sangramento e desconforto durante e após as relações sexuais.
- Urinar com frequência e/ou vazamento de urina.
- Estreitamento da vagina ou vaginismo.
- Dor pélvica.
- Corrimento vaginal, coceira, sensação de queimação ou secura.
- Falta de lubrificação durante o sexo, quando esta condição nunca aconteceu antes.
- Dor ou ardor durante a micção.
A vaginite atrófica também é um fator de risco importante para o desenvolvimento de infecções por fungos e problemas urinários recorrentes (Calhoun, 2019).
Diagnóstico
O diagnóstico desta condição é feito em uma visita de rotina com o ginecologista fazendo um exame pélvico. Se o especialista encontra paredes vaginais inchadas, finas, pálidas ou avermelhadas, ele ou ela poderá confirmar que é uma atrofia da vagina (Mayo Clinic, 2021).
Visão geral do tratamento
Existem vários tratamentos para a atrofia vaginal. Entre os mais eficazes estão:
Mudança nos hábitos de vida
Normalmente sugere-se a suspender o vício do cigarro, assim como o aumento o consumo de líquidos, vegetais, legumes e frutas (Mayo Clinic, 2021). Isto pode ajudar a evitar esta condição durante a menopausa.
Terapia de reposição hormonal
Esta terapia envolve a ingestão oral de hormônios como os estrogênios. O objetivo é restaurar alguns dos hormônios perdidos do corpo e aliviar os sintomas da menopausa (Flores & Pasillo, 2021).
Terapia tópica
Isto consiste no uso de produtos tópicos em forma de creme e gel na área genital para aliviar os sintomas. Entre os tratamentos mais populares estão (Dos Santos et al., 2021; Flores & Pasillo, 2021):- Creme de estrogênio. Estes incluem hormônios (estrogênios) em sua composição. Assim, eles entregam, na área genital, uma pequena quantidade do hormônio que não é mais produzido pelo seu próprio corpo.
- Lubrificantes à base de água. Eles podem reduzir o desconforto genital, especialmente durante as relações sexuais.
- Cremes de ácido hialurônico. Estes são hidratantes que ajudam a eliminar a secura vaginal. As evidências mostram que eles são seguros e similares em eficácia aos cremes estrogênicos.
A atrofia vaginal é um distúrbio comum na menopausa causado por uma diminuição dos níveis de estrogênio. No entanto, é possível melhorar seus sintomas e ter uma melhor qualidade de vida. Convidamos você a visitar seu médico para descobrir a melhor opção de tratamento.
Referências bibliográficas
1. Calhoun, S. (2019). Posmenopausal atrophic vaginitis. *Healthline*. https://www.healthline.com/health/atrophic-vaginitis
2. Dos Santos, C., Uggioni, M., Colonetti, T., Colonetti, L., Grande, A.J., & Da Rosa, M.I. (2021). Hyaluronic Acid in Postmenopause Vaginal Atrophy: A Systematic Review. *The journal of sexual medicine*, 18(1), 156–166. https://doi.org/10.1016/j.jsxm.2020.10.016
3. Flores, S., & Pasillo, C. (2021). Vaginitis atrófica. *Treasure Island (FL): StatPearls*. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK564341/
4. Mayo Clinic. (2021). Atrofia vaginal. https://www.mayoclinic.org/es-es/diseases-conditions/vaginal-atrophy/symptoms-causes/syc-20352288#:~:text=La%20atrofia%20vaginal%20(vaginitis%20atr%C3%B3fica,frecuencia%20despu%C3%A9s%20de%20la%20menopausia
5. Naumova, I., & Castelo-Branco, C. (2018). Opciones de tratamiento actuales para la atrofia vaginal posmenopáusica. *Revista internacional de salud de la mujer*, 10, 387–395. https://doi.org/10.2147/ijwh.s158913
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