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Espinhas na vulva: causas, sintomas e prevenção

 

Ainda que seja muito comum, muitas mulheres não procuram ajuda quando apresentam espinhas na vulva, seja por vergonha ou por medo. A boa notícia é que, na maior parte dos casos, não se trata de nada grave. No entanto, às vezes requer algum tratamento. Neste artigo, contamos para você suas principais causas da ocorrência dessas espinhas.

 

O que são as espinhas na vulva e quais são suas causas?

São pequenas protuberâncias vermelhas que aparecem na superfície da pele. Normalmente, costumam ter aparência de espinhas, similares àquelas que nos encontramos no rosto e no resto do corpo. No entanto, suas características podem variar quanto a tamanho, quantidade, conteúdo, cor, inflamação, dor, ardor ou coceira.

 

 

 

As causas da aparição das espinhas na vulva são muito variadas. Por exemplo, elas podem ser originadas por infecções por fungos, vírus e bactérias. Porém, as mais comuns são (1,2):

  • Dermatite de contato: tipo de alergia causada pela humidade, o calor ou o contato da pele com uma substância ou um material alérgeno ou irritante. Por exemplo, os latórios vaginais, os produtos de higiene íntima, os produtos utilizados para lavar a roupa íntima, o suor, o esperma, a urina e o fluxo vaginal (sobretudo quando há infecções vaginais). Seus sintomas incluem dor, vermelhidão e coceira.
  • Foliculite: inflamação do folículo piloso. Ela pode ser o resultado de um corte ou uma ferida infectada, geralmente por raspar pelos encravados, irritação dérmica, roupa muito apertada ou que fica em contato com a pele, obstrução pelo suor ou produtos pessoais, uso de piscinas ou jacuzzi sujos.
  • Acne inverso: conhecido também como hidradenite supurativa, é uma enfermidade inflamatória que afeta às glândulas sudoríparas da virilha e as axilas. Suas principais características são a apresentação de pus, sua dificuldade para sanar e que deixa marcas. Aproximadamente 4 % da população mundial padece de acne inverso.
  • Molusco contagioso: infecção viral que pode ocorrer em qualquer parte do corpo. Ele se apresenta em forma de protuberâncias usualmente pequenas, de cor pálida ou branca, com aparência perolada e um buraco no centro.

 

Quais outras condições podem causar lesões parecidas?

Existem lesões que se confundem com as espinhas na vulva, mas na realidade elas podem ser (1,3,4):
  • Cistos de Bartolim: sua caraterística principal é que são protuberâncias moles e sem dor, ainda que se crescerem muito se tornam incómodas e provocam dor na pele ao redor delas. Quando se produz infecção enchem de pus, se tornando sensíveis, quentes e acompanhadas de febre.
  • Lesões de herpes genital: aparecem ao redor da vagina, a vulva e o anus.
  • Verrugas genitais: causadas pelo vírus do papiloma humano (VPH), uma infecção de transmissão sexual. É possível ter uma só ou um grupo delas.
  • Varizes vaginais: veias inflamadas de cor azul similares às hemorróidas. São sensíveis e podem sangrar.
  • Câncer de vulva: apresenta-se com coceira persistente, dor, sensibilidade, fragmentos elevados ou engrossados, protuberâncias ou crescimentos similares às verrugas, sangramento, dor ao urinar ou mudança de coloração. Em alguns casos pode apresentar vaginismo.
  • Acrocórdons: pequenas abas que se formam em áreas onde a pele se esfrega consigo mesma. São inofensivos, mas não desaparecem por eles mesmos.

 

Recomendações para prevenir as espinhas na vulva

Unicamente um profissional da saúde pode promover um diagnóstico. Por isso, a recomendação é que você não hesite em consultar um médico. No entanto, para evitar as espinhas na vulva, recomendamos (2,5):
  • Eliminar aqueles produtos que possam te causar irritação e novas espinhas.
  • Utilizar uma lâmina nova em cada depilação.
  • Depilar na direção do crescimento do pêlo e nunca depilar a seco.
  • Cuidar da higiene íntima: lavar as áreas íntimas diariamente com água limpa e um sabão suave e sem perfume.
  • Preferir a roupa íntima de algodão ao invés de tecidos sintéticos que mantêm a humidade.
  • Trocar sempre a roupa depois de fazer exercícios físicos.
  • Substituir os tampões ou os absorventes regularmente durante a menstruação.
  • Secar bem antes de se vestir para deter o crescimento de bactérias.
  • Evitar a roupa ajustada.
  • Não tocar nas espinhas.
  • Usar compressas limpas para aliviar a dor.
  • Evitar os banhos de banheira.

 

Devo retirar as espinhas na vulva?

Não! Resista a tentação de espremê-las ou tentar eliminá-las de alguma forma, pois isso pode provocar mais dor e irritação. Aliás, aumenta o risco de infecção, assim como o tamanho e a quantidade das mesmas (1). Lembre-se de consultar com seu médico se os sintomas persistirem, piorarem ou se associarem com vaginite, secreção vaginal ou dor pélvica e também, se você tiver antecedentes de intervenções como cirurgias ou curetagem uterina, pois pode se caracterizar uma emergência médica. Em todo caso, a automedicação não é uma opção. Muitas das causas necessitam tratamentos farmacológicos, os quais só devem ser indicadas por um especialista. Agora que você já conhece as principais causas das espinhas na vulva, deixe para lá a vergonha e tome o controle do seu corpo e da sua saúde.

 

Referências bibliográficas

  1. Pimple on Vagina . Cleveland Clinic; 2021. . Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/22019-pimple-on-vagina
  2. Leonard J. Vaginal pimples: Causes, treatment, and prevention . Medicalnewstoday.com. 2020 . Disponível em: https://www.medicalnewstoday.com/articles/317810
  3. Bartholin’s cyst . NHS; 2021. . Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/bartholins-cyst/
  4. Vulval cancer . NHS; 2021. . Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/vulval-cancer/
  5. Care of vulval skin . BAD; 2020. . Disponível em: https://www.skinhealthinfo.org.uk/condition/care-of-vulval-skin/

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