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Entender e combater o etarismo é autocuidado

 

Quantas vezes você já se pegou pensando ou falando frases como "não tenho mais idade para isso"? Evitou determinada roupa, corte de cabelo ou até um programa, achando que não era adequado para a sua idade? Ou ainda ouviu piadinhas sobre pessoas mais velhas no ambiente de trabalho? Esse tipo de atitude e de pensamento tem nome: etarismo (ou ageismo) que é toda forma de estereótipo, preconceito e discriminação baseado em idade. É uma das formas de preconceito mais socialmente aceitas até hoje.

 

 

 

E o etarismo é tão enraizado, que ele começa dentro da gente

 

Estranho né, afinal todos vamos envelhecer, portanto ser etarista é ser contra nosso próprio futuro. O medo de envelhecer e o culto à juventude são fenômenos culturais construídos ao longo de muitos anos. E que seguem sendo reforçados diariamente. Basta ver o tanto de cremes "anti-idade" que há nas prateleiras das farmácias por aí.

 

Recentemente, chegamos ao extremo de ler na mídia a declaração de Kim Kardashian, aos 41 anos, de que seria capaz de “comer cocô” todos os dias se isso a fizesse parecer mais jovem. É assim que o etarismo é capaz de fazer as pessoas se sentirem.

 

Mas eu tenho uma notícia para você: quanto mais a gente nega o nosso envelhecimento, pior ele será. É uma profecia que se auto realiza. Sim, o etarismo tem impacto direto e real na nossa saúde, além de como nos sentimos. Estudos mostram que quem encara o processo de maneira positiva tem mais cuidados preventivos com a saúde, como se alimentar bem e fazer exercícios, sofre menos de depressão e ansiedade e ainda por cima tem mais longevidade.

 

Por isso eu sempre digo que o primeiro lugar onde devemos descontruir os padrões etaristas é dentro da gente. Eu sei que não é fácil, eu sei que tudo conspira contra. O que vemos na TV, o que ouvimos na mídia, nas conversas de bar. Tudo indica que ficar velho é a pior coisa que vai nos acontecer. Mas não é!

 

A gente pode começar fazendo um exercício de lembrar o quando era sofrido ser adolescente. O quanto a gente estava no auge da potência física e do colágeno, mas na lama das emoções e angústias, com ansiedade sobre o que viria pela frente. Sim, a gente perde colágeno mas, em compensação, ganha uma inteligência emocional enorme com o passar dos anos.

 

A segunda coisa é entender que há muito o que fazer para a gente viver essa fase com energia, plenitude, potência e beleza. Mas é preciso fazer algumas mudanças no estilo de vida e cuidar da gente, se priorizar. Estamos falando de atividade física, alimentação, cuidar do sono, das relações.

 

Há sete anos, aos 45, eu fiz esse compromisso comigo. Passei a finalmente levar a academia a sério, a cuidar da dieta, reforçada com vegetais e proteínas magras, durmo e acordo cedo, passei a controlar o consumo de álcool. Posso dizer que estou melhor agora do que aos 40.

 

E acredite: você não está velha demais para isso. Em qualquer idade, a gente pode começar e a mudar como nos sentimos por dentro e por fora. Vem comigo?

Por Silvia Ruiz

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