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Hiperplasia endometrial na menopausa: o que é e como tratá-la?

 

Você sabia que as alterações hormonais durante a menopausa podem afetar sua saúde de maneiras que você talvez não perceba? Por isso, um dos tópicos menos comentados, mas muito importante, é a hiperplasia endometrial. Trata-se uma condição na qual o tecido que reveste o útero cresce mais do que o normal. Por causa disso, entender o que é pode ajudá-la a evitar complicações e a tomar melhores decisões sobre sua saúde. 

 

O que é hiperplasia endometrial? 

 

 

A princípio, trata-se de uma condição do sistema reprodutivo feminino. Porém, o endométrio, que é o tecido que reveste o útero, fica mais espesso do que o normal devido a um crescimento excessivo de células (1,2). Contudo, se não for tratado adequadamente, pode, então, aumentar o risco de desenvolver câncer uterino (1) 

Atualmente, existem dois tipos principais (1,3): 

  • Primeiro de tudo: não atípico. As células endometriais são mais espessas, mas mantêm sua forma normal. 

  • Segundo: atípico. As células têm anormalidades (são “atípicas”) e têm maior probabilidade de se transformar em câncer. 

 

Alterações hormonais no meio da hiperplasia endometrial 

 

Contudo, as mulheres com essa condição geralmente apresentam um desequilíbrio hormonal, com excesso de estrogênio e falta de progesterona (2)Embora o estrogênio promove o crescimento endometrial, enquanto a progesterona estabiliza o endométrio e o prepara para a gravidez. Porém se a gravidez não ocorrer, a progesterona permite que o endométrio se desprenda e seja eliminado durante a menstruação (4). Entretanto, nessa condição, o baixo nível de progesterona impede esse processo, causando o espessamento descontrolado do endométrio (1,2) 

Além disso, essa condição é mais comum em mulheres na perimenopausa e na menopausa. Porque os níveis de progesterona diminuem e os níveis de estrogênio continuam flutuando. Por causa disso, o endométrio continua a engrossar de forma incontrolável, talvez levando a um crescimento celular desorganizado (2). 

 

Fatores de risco  

 

Embora qualquer situação que aumente os níveis de estrogênio favorece o desenvolvimento da hiperplasia endometrial (2). Por isso, os principais fatores de risco incluem (1-3): 

  • Primeiro, obesidade ou sobrepeso: a gordura corporal produz estrogênio adicional. 

  • Segundo, terapia hormonal somente com estrogênio. 

  • Terceiro, nunca ter engravidado: significa maior exposição ao estrogênio sem interrupção. 

  • Quinto, certos tumores ovarianos: podem produzir excesso de estrogênio. 

  • Sexto, diabetes mellitus: influencia a regulação hormonal. 

  • E finalmente, tratamentos como o tamoxifeno: usado no câncer de mama, pode afetar o endométrio. 

 

Além disso, essa condição não esteja diretamente relacionada aos problemas a seguir, eles podem coexistir com a hiperplasia e exigir atenção simultânea: 

  • Infecção do trato urinário. 

  • Infecções vaginais por leveduras. 

 

Quais são os sintomas da hiperplasia endometrial? 

 

Em alguns casos, as mulheres não apresentam sintomas, e a condição é detectada durante um exame de ultrassom de rotina. Entretanto, outras podem apresentar sinais como (1,2,3): 

  • Em primeiro lugar, períodos menstruais pesados e prolongados. 

  • Além disso, pode ter sangramento fora do ciclo menstrual normal. 

  • Também, sangramento irregular durante a terapia de reposição hormonal (TRH). 

  • E, por fim, sangramento vaginal após a menopausa. Quando os períodos menstruais já tiverem cessado. 

 

Métodos de diagnóstico e triagem para hiperplasia endometrial 

 

Agora, se você tiver um sangramento anormal, é importante consultar um especialista. Atualmente, os métodos mais comumente usados para diagnosticar a hiperplasia endometrial são (1,2): 

  • Primeiro: ultrassom transvaginal: mede a grossura do endométrio. 

  • Segundo: além disso, biópsia endometrial: uma amostra de tecido é removida para análise. 

  • Terceiro: e histeroscopia: permite a visualização do interior do útero e a coleta de amostras de tecido, se necessário. 

 

Opções de tratamento e acompanhamento médico 

 

Por outro lado, o tratamento depende da gravidade da condição, da idade da paciente e seu desejo de preservar a fertilidade (1). Por isso, as opções incluem terapias hormonais e procedimentos cirúrgicos. Vamos lhe apresentar alguns detalhes: 

 

Terapias hormonais  

O tratamento com progestina (a versão sintética da progesterona) é uma opção comum para equilibrar os níveis hormonais e reduzir a espessura do endométrio. Por causa disso, essa abordagem é ideal para mulheres que desejam evitar a cirurgia, especialmente se planejam engravidar futuramente (1,2). 

 

Alternativas cirúrgicas (histerectomia) 

Nos casos em que a terapia hormonal não tem sucesso, há um alto risco de câncer ou a mulher não deseja engravidar no futuro. Portanto, pode-se recomendar uma histerectomia conhecida também como remoção do útero (1,2) 

 

Importância do acompanhamento médico contínuo 

As mulheres que fazem tratamento hormonal normalmente recebem como recomendação fazer uma biópsia endometrial a cada seis meses, até que sejam obtidos dois resultados normais consecutivos. Contudo, em casos de maior risco, uma vez obtidos esses resultados, sugere-se continuar com uma biópsia anual para monitorar a condição e detectar possíveis alterações com o tempo (2,3). 

Resumindo, a hiperplasia endometrial é um problema que não deve ser considerado levianamente. Por isso, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, ela pode ser controlada e o risco de complicações pode ser menor. Em suma, se você tiver sangramento irregular ou qualquer outro desconforto, consulte um especialista. 

A propósito, se perceber que está com os pés inchados, isso pode estar relacionado a varizes nas pernas. Além disso, se estiver explorando opções cirúrgicas para a área íntima, talvez tenha interesse em saber mais sobre a vaginoplastia. 

 

Referências bibliográficas 

  1. NHS. Atypical endometrial hyperplasia [Internet]. 2024 [citado 2025 feb 19]. Available in: https://www.guysandstthomas.nhs.uk/health-information/atypical-endometrial-hyperplasia  

  1. Hazell T. Endometrial hyperplasia [Internet]. 2022 [citado 2025 feb 19]. Available in: https://patient.info/doctor/endometrial-hyperplasia-pro  

  1. Cleveland Clinic. Endometrial hyperplasia [Internet]. 2023 [citado 2025 feb 19]. Available in: https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/16569-atypical-endometrial-hyperplasia  

  1. NHS. Periods and fertility in the menstrual cycle [Internet]. 2023 [citado 2025 feb 19]. Available in: https://www.nhs.uk/conditions/periods/fertility-in-the-menstrual-cycle/  

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