O vaginismo é uma condição que muitas mulheres apresentam, mas poucas falam abertamente. Se você percebeu que fazer sexo durante a menopausa é desconfortável. Ou que é até doloroso, que você simplesmente não consegue fazer isso, você pode estar lidando com essa condição. Mas fica tranquila, porque nessa matéria vamos explicar o que é, por que acontece e até como tratar o vaginismo. Então sinta-se a vontade que vai puder recuperar o bem-estar e aproveitar de uma vida sexual plena.
O que é vaginismo?
Primeiramente, é bom esclarecer que o vaginismo é uma condição em que os músculos da vagina se contraem involuntariamente. Isso pode dificultar ou até impedir a penetração (1,2). Poderia acontecer com um pênis, um dedo, um tampão ou até mesmo durante uma revisão médica de rotina. É um problema que pode prejudicar sua vida sexual e até afetar seriamente seu relacionamento (3). Por conta disso, é essencial saber como tratar o vaginismo, para que ele não consiga se tornar um obstáculo na sua vida.
Qual é a causa e como tratar o vaginismo durante a menopausa?
As vezes, uns espasmos involuntários estão relacionados a eventos traumáticos no passado (1-4). Se você teve uma experiência sexual traumática ou dolorosa, seu corpo tem a capacidade de “lembrar” essa dor e reagir com ansiedade ou aversão à penetração. Como se seu cérebro estivesse dizendo: “Cuidado, isso pode doer!”.
No meio da menopausa, essa condição pode aparecer até em mulheres que nunca tiveram problemas na vida íntima, então, por que aconteceria agora? Porque as mudanças hormonais próprias desse estágio podem gerar secura vaginal. Isso faz com que o tecido vaginal seja ainda mais sensível e propenso à dor (5). Um tempo depois o medo à dor pode fazer com que seu corpo antecipe o desconforto e tente reagir tensionando os músculos, reforçando o ciclo do vaginismo.
Além disso, outras causas relacionadas com fatores emocionais e psicológicos típicos nessa fase como a falta de desejo feminino ou a disforia pós coito, podem também ajudar com o início ou a piora do vaginismo (5).
Mas fica tranquila que temos uma boa notícia! E é que o vaginismo tem mesmo uma solução. Aprender como tratar o vaginismo pode ajudar você a recuperar o bem-estar e desfrutar de uma vida sexual satisfatória.
Sintomas de vaginismo no meio da menopausa
Um dos principais sintomas do vaginismo é a dor ao ter relações sexuais, mas ele também pode se manifestar de formas diferentes (1,3,4):
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Sensação de uma “barreira” que impede a penetração.
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Queimação ou uma forte sensação como se o pênis estivesse “batendo com as paredes vaginais”.
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Dor ou desconforto tentando inserir um tampão ou no meio de um exame pélvico.
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Medo de sexo, o que pode fazer com que você evite a intimidade.
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Perda do desejo sexual por conta do medo da dor.
Esses sintomas são involuntários, e mesmo que você nã consiga controlá-los conscientemente, isso não quer dizer que não tenha uma maneira de resolvé-los. Saber como tratar o vaginismo é fundamental para superar esses desconfortos e continuar desfrutando de uma vida sexual como fazia antes, mesmo durante a menopausa.
Como tratar o vaginismo? Opções eficazes de tratamento
Os tratamentos para o vaginismo têm o objetivo principal de aliviar os espasmos musculares involuntários. Eles afetam os músculos da vagina e lidar com sentimentos como ansiedade ou medo associados à penetração. Vamos explicar algumas das opções mais eficazes para o tratamento dessa condição (1,2,3):
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Terapia psicológica e sexual:
a) Uma terapia cognitivo-comportamental (TCC). Ajudaria você a identificar e mudar os pensamentos negativos que consiga ter relacionados ao sexo.
b) A terapia sexual. Um especialista pode orientá-la nesse processo em que se tenta recuperar a confiança em sua vida sexual, seja sozinha ou com seu parceiro.
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Terapia hormonal. Caso a secura vaginal for um problema, o médico poderá recomendar cremes ou supositórios de estrogênio. Eles restauram a umidade vaginal natural e melhoram a elasticidade do tecido. Alguns lubrificantes à base de água ou de silicone podem tornar a relação sexual bem mais confortável.
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Os dilatadores vaginais. Eles são dispositivos de diferentes tamanhos que ajudam você a se acostumar gradualmente com penetração sem sentir dor. Eles também são usados progressivamente para que os músculos consigam se relaxar.
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Uns exercícios no assoalho pélvico para mulheres (conhecido também como Kegel). Eles fortalecem os músculos do assoalho pélvico, permitindo que você tenha mais controle nas contrações involuntárias e relaxe quando necessário.
Como tratar o vaginismo e qual é o prognóstico?
Muitas mulheres conseguem superar o vaginismo após o tratamento adequado, mesmo assim precisa ter paciência porque o sucesso nem sempre vem imediatamente (3). O importante é nunca parar de procurar ajuda.
Concluindo, se você tiver espasmos musculares ou dor que dificultem a relação sexual, não hesite em falar com seu médico. Não precisa ficar com vergonha! Saber como tratar o vaginismo durante a menopausa pode ajudá-la a superar essa condição e a recuperar sua vida sexual.
Se você ainda estiver interessada em saber mais sobre questões relacionadas à saúde sexual, como ejaculação feminina ou até mesmo condições como verrugas no ânus, pode continuar explorando mais informações confiáveis. Lembre-se que sua saúde e seu bem-estar são sempre o mais importante!
Referências bibliográficas
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NHS. Vaginismus [Internet]. 2025 [cited 2025 Mar 4]. Available from: https://www.nhs.uk/conditions/vaginismus
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MedlinePlus. Vaginismus [Internet]. 2025 [cited 2025 Mar 4]. Available from: https://medlineplus.gov/ency/article/001487.htm
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Cleveland Clinic. Vaginismus [Internet]. 2025 [cited 2025 Mar 4]. Available from: https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/15723-vaginismus
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WebMD. Vaginismus [Internet]. 2025 [cited 2025 Mar 4]. Available from: https://www.webmd.com/women/vaginismus-causes-symptoms-treatments
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NHS Inform. Sexual wellbeing, intimacy and menopause [Internet]. 2023 [cited 2025 Mar 4]. Available from: https://www.nhsinform.scot/healthy-living/womens-health/later-years-around-50-years-and-over/menopause-and-post-menopause-health/sexual-wellbeing-intimacy-and-menopause
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