A menopausa provoca uma série de mudanças físicas e emocionais, mas uma das mais visíveis é a descoloração da pele. Essas alterações podem se manifestar como manchas escuras, clareamento localizado ou uma perda geral de uniformidade no tom da pele. Embora possa causar preocupação, compreender suas causas ajuda a tomar decisões mais conscientes, permitindo um melhor cuidado com a pele.
Por que a pele muda durante a menopausa?
A queda nos níveis de estrogênio na menopausa afeta não só o ciclo reprodutivo, mas também a saúde da pele. Isso acontece porque esse hormônio é essencial para a produção de colágeno, elastina e melanina. Por isso, sua redução provoca (2,3) :
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Perda de firmeza e afinamento da pele, o que contribui para o aparecimento de linhas de expressão e rugas.
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Descoloração da pele, como manchas (hiperpigmentação) ou áreas mais claras (hiperpigmentação).
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Maior fragilidade dos vasos capilares, facilitando o surgimento de hematomas na pele ou manchas roxas.
Além disso, outros sintomas como a má circulação podem se agravar nessa fase (4) . Isso pode causar problemas como varizes nas pernas e pés inchados.
Por outro lado, há também aspectos positivos na menopausa. Entre eles, está a redução de problemas como a doença fibrocística da mama (5) , comum em mulheres mais jovens.
Como acontece a descoloração da pele nessa fase?
Durante a menopausa, as alterações hormonais podem afetar a pigmentação da pele de diferentes maneiras. Entre as manifestações mais frequentes, estão (6,7) :
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Melasma: manchas marrons ou acinzentadas, principalmente nas bochechas, testa e buço. É mais comum em fases com aumento de estrogênio, como a gravidez. No entanto, algumas mulheres podem desenvolver a condição na menopausa, ao iniciar a terapia de reposição hormonal.
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Manchas senis: também conhecidas como “manchas da idade”. São causadas pela exposição solar acumulada ao longo dos anos. Elas costumam surgir na menopausa, quando a pele se torna mais fina e vulnerável devido ao processo natural de envelhecimento.
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Hipopigmentação: áreas mais claras causadas pela perda de melanina. Isso ocorre pela redução da atividade dos melanócitos — células responsáveis pela pigmentação —, um processo comum no envelhecimento da pele. Pode ser confundido com infecção fúngica, como a pitiríase versicolor, também conhecida como pano branco.
As áreas mais propensas à descoloração são aquelas mais expostas ao sol ao longo da vida: rosto, pescoço, colo e mãos (2) .
Fatores externos que agravam a descoloração da pele
Além das mudanças hormonais da menopausa, existem fatores externos que prejudicam a aparência da pele e intensificam as manchas. Os mais comuns são (2,6,8) :
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Exposição solar sem proteção: a radiação UV danifica a pele progressivamente. Isso favorece o surgimento de manchas escuras e acelera o envelhecimento.
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Luz azul de telas: a luz azul emitida por celulares, computadores e televisores pode estimular a produção de melanina, agravando a descoloração da pele, especialmente em regiões como bochechas e testa.
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Alimentação inadequada: dietas ricas em açúcar ou pobres em antioxidantes reduzem as defesas naturais da pele. Em alguns casos, distúrbios emocionais podem influenciar essas escolhas alimentares.
Como tratar a descoloração da pele
Se você vem notando mudanças no tom da pele durante a menopausa, não se preocupe. Felizmente, existem diversas estratégias que podem melhorar a aparência da pele e prevenir novas manchas (1-3,9,10) :
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Use protetor solar todos os dias: aplique um filtro de amplo espectro com FPS 30 ou mais, cobrindo toda a pele exposta, e não apenas o rosto. Use o produto mesmo em dias nublados. Esse hábito é essencial para evitar o agravamento da descoloração da pele.
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Considere tratamentos despigmentantes: existem cremes de venda livre e fórmulas manipuladas que ajudam a uniformizar o tom da pele. Uma das combinações mais eficazes é hidroquinona com tretinoína, mas é fundamental ter acompanhamento médico.
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Busque ativos modernos e suaves: além dos tratamentos tradicionais, há ingredientes eficazes e com boa tolerância em peles maduras. Procure séruns com niacinamida (derivado da vitamina B3), que uniformiza o tom e fortalece a barreira da pele. Outra opção é o ácido tranexâmico, excelente para tratar manchas persistentes, e ainda possui baixo risco de irritação.
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Consulte um dermatologista para opções mais avançadas: se os cremes não forem suficientes, há procedimentos como peelings químicos, laser ou luz pulsada intensa (IPL). Todos clareiam manchas, melhoram a luminosidade e rejuvenescem a pele.
Cuide e ame suas mudanças
Em resumo, a descoloração da pele na menopausa não é algo que você precisa esconder. É uma mudança que você pode acolher com carinho, paciência e autoconhecimento. Por isso, entender o que acontece no seu corpo — dos sintomas vaginais até as alterações na pele — e adaptar sua rotina é essencial. Ainda assim, o mais importante é dar a si mesma o tempo e o cuidado que você merece para viver essa fase com bem-estar.
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Referências bibliográficas
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Hakozaki T, Minwalla L, Zhuang J, Chhoa M, Matsubara A, Miyamoto K, et al. The effect of niacinamide on reducing cutaneous pigmentation and suppression of melanosome transfer [Internet]. Br J Dermatol. 2002 Jul [Acesso 2025 Jul 7];147(1):20-31. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12100180/
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