A sexualidade humana é, sem dúvida, um vasto universo que vai além da relação sexual e da genitália; nosso corpo tem muitos espaços que são verdadeiros tesouros ocultos de prazer que estão prontos para serem descobertos e nós os chamamos de zonas erógenas.
Essas partes do corpo são capazes de desencadear sensações prazerosas e muito excitantes. Por isso, hoje vamos falar tudo sobre as zonas erógenas, como elas funcionam, onde encontrá-las e, também, vamos explicar sobre a importância da comunicação do casal para manter a saúde sexual.
O papel das zonas erógenas no orgasmo
O orgasmo, aquele ponto máximo de prazer intenso e libertador, é o resultado de uma interação complexa entre o corpo e a mente (1).
E as zonas erógenas desempenham um papel crucial nesse processo, atuando como pontos de entrada para o prazer sexual e desencadeando uma série de respostas corporais, que culminam na liberação de tensões acumuladas e na sensação de êxtase (1,2).
Além disso, essas zonas podem ocupar até 26% do corpo (2). Então, o que as torna erógenas?
Bem, quando uma zona erógena é estimulada, as terminações nervosas nessa área enviam sinais ao cérebro, o que cria uma resposta de excitação sexual (2). Essa resposta se espalha pelo sistema nervoso, causando mudanças no corpo.
Um exemplo disso é quando o fluxo sanguíneo aumenta nos órgãos genitais, a vagina fica lubrificada e ocorre a ereção masculina (3). Essas mudanças fazem parte da resposta sexual e contribuem para a experiência prazerosa.
À medida que a excitação aumenta, há um acúmulo de tensão sexual que culmina no orgasmo (1,2).
Durante o clímax, o corpo experimenta uma série de contrações musculares rítmicas (e pode até ocorrer a ejaculação feminina), seguidas de uma sensação de liberação e relaxamento profundo (2,3).
Principais zonas erógenas na mulher
Se o orgasmo feminino deve ser alcançado com estimulação, há várias zonas que merecem atenção especial.
Cada parte do corpo da mulher tem o potencial de desencadear um prazer intenso e levá-la a novos patamares de excitação. Desde as áreas mais óbvias, como o clitóris, até as mais sutis, há pontos sensíveis que podem ser explorados durante os jogos eróticos (4,5).
Aqui estão algumas dessas zonas erógenas:
Pescoço e orelhas
Saiba mais sobre as características dessas partes:
- São muito sensíveis a beijos e carícias suaves.
- A estimulação delicada pode desencadear o prazer.
- Ao explorar as orelhas, especialmente os lóbulos das orelhas, percebemos que são particularmente sensíveis (6).
Mamilos e seios
Agora vamos falar sobre mamilos e seios:
- Essa é uma das partes erógenas preferidas e estimuladas.
- A estimulação suave com os lábios, a língua ou os dedos pode provocar excitação.
- Uma massagem suave nessa área pode ser muito excitante para os dois parceiros (7).
Clitóris e ponto G
Sobre essa área, é preciso saber que:
- O clitóris é o epicentro do orgasmo feminino.
- Se for estimulado diretamente ou por movimentos circulares, pode levar ao clímax.
- Por outro lado, o ponto G na mulher parece estar localizado na parte da frente e posterior da vagina (como se fosse a parte posterior do clitóris) (8,9).
- Antes de estimular esse ponto, use lubrificantes vaginais, se necessário. Por exemplo, em casos de secura vaginal.
Parte interna das coxas
Outra área preferida, que tem as seguintes características:
- São partes do corpo surpreendentemente sensíveis, especialmente ao beijo.
- Carícias suaves podem acrescentar prazer adicional.
- Podem ser exploradas continuamente enquanto o clitóris está sendo estimulado (6).
Dicas para estimular as zonas erógenas
Lembre-se de que explorar as zonas erógenas é uma arte sensual que exige paciência, comunicação e atenção aos detalhes.
As pessoas podem ter zonas erógenas que quando estimuladas, proporcionam sensações mais intensas do que outras partes (2). Por isso, aqui estão algumas dicas sobre como estimular essas áreas de forma eficaz junto ao seu parceiro (10,11):
- Comunique-se aberta e honestamente com seu parceiro sobre suas preferências.
- Explore cada centímetro da sua pele com atenção e delicadeza, sozinha ou com a ajuda de seu companheiro.
- Se você estimular, observe as reações de seu parceiro e ajuste sua técnica conforme a necessidade.
- Não tenha medo de experimentar novas técnicas (beijos, carícias etc.) e sair de sua zona de conforto.
- Ouça atentamente os sinais que seu parceiro lhe dá (movimentos, expressões, gemidos).
- Lembre-se de manter a reciprocidade e o consentimento mútuo nos atos sexuais (12). Além disso, para dar um toque sensual e excitante à experiência íntima, você pode incorporar alimentos afrodisíacos.
A importância da comunicação e da experimentação no parceiro
Na busca do prazer sexual, a comunicação e a experimentação são muito importantes.
Cada pessoa é única em suas preferências, sensações e desconfortos (13).
Portanto, é importante que os casais se sintam à vontade e expressem seus desejos e necessidades (11).
Com a comunicação aberta, vocês podem descobrir novas formas de prazer juntos e aprofundar sua conexão íntima (13).
Finalmente, o verdadeiro segredo do prazer das zonas erógenas está na conexão emocional e na intimidade. E agora, a esta altura, você já sabe sobre as zonas erógenas, como elas funcionam, algumas das mais importantes e a importância da comunicação na relação. Lembre-se de que aqui no site da Issviva também trazemos a você outros tópicos de interesse.
Referências Bibliográficas
1. Safron A. What is orgasm? A model of sexual trance and climax via rhythmic entrainment. Socioaffective Neuroscience & Psychology
2. Maister L, Fotopoulou A, Turnbull O, Tsakiris M. The erogenous mirror: Intersubjective and multisensory maps of sexual arousal in men and women. Archives of Sexual Behavior.
3. Calabrò RS, Cacciola A, Bruschetta D, Milardi D, Quattrini F, Sciarrone F, et al. Neuroanatomy and function of human sexual behavior: A neglected or unknown issue? Brain and Behavior.
4. Johnson AK, Johnson AK, Crowe R, Bustos LW, Williams M. Getting in the zone-the erogenous zone, that is. Getting in the Erogenous Zone.
5. Hsieh C, Varina R. Aphrodisiacs: Foods and herbs to grow your sex life
6. Santos-Longhurst A. 31 erogenous zones and how to touch them
7. Scaccia A. How to have a nipple orgasm
8. Ostrzenski A. G‐Spot anatomy and its clinical significance: a systematic review. Clinical Anatomy.
9. Vieira-Baptista P, Lima-Silva J, Preti M, Xavier J, Vendeira P, Stockdale CK. G-spot: Fact or fiction?: a systematic review. Sexual Medicine.
10. Villines Z, Lawrenz L. How to talk about sex: desires, safety, new relationships, and more
11. Stritof S. How to talk about sex with your partner
12. Cherry K. Why do we feel compelled to return favors?
13. Kuburic S. How to communicate your sexual desires to your partner – without feeling awkward
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